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Seguros cyber devem dobrar no mundo até 2030
É o que afirma a Munich Re, que também vê uma evolução acelerada de sinistros como ransomware e roubos de identidades para cometer fraudes

Fonte: Munich Re
O mercado de seguros cibernéticos deve dobrar de tamanho nos próximos cinco anos, de acordo com a resseguradora Munich Re.
Em dados divulgados nesta semana, a empresa estima que o volume de prêmios globais de seguros cibernéticos fechou 2024 em US$ 15,3 bilhões.
Apesar de uma certa desaceleração nos últimos anos, devida provavelmente ao abrandamento do mercado, a empresa espera que os prêmios cyber cresçam uma média de 10% ao ano até a chegar a mais de US$ 32 bilhões em 2030.
O crescimento reflete o aumento da preocupação das empresas com os riscos cibernéticos.
Por exemplo, uma pesquisa divulgada esta semana pela corretora WTW com 400 empresas do setor de manufaturas de todo o mundo chegou à conclusão de que as ameaças cibernéticas constituem a principal preocupação de seus líderes.
Mesmo no Brasil, onde as compras de seguros cyber continuam incipientes, o tema preocupa bastante os conselhos de administração.
No mês passado, a consultoria KPMG divulgou um relatório em que os riscos cibernéticos ocupam a nona colocação entre os 25 riscos mais citados nos formulários de referência das empresas brasileiras listadas na Bolsa de Valores.

Fonte: Susep
As áreas mais afetadas
De acordo com a Munich Re, os setores mais visados pelos hackers são os órgãos governamentais, as empresas manufatureiras e as companhias tecnológicas.
Serviços financeiros, as empresas de saúde, escritórios de advocacia e o setor energético também estão na mira dos criminosos digitais.
A resseguradora alemã adverte que 87% dos executivos de empresas recentemente entrevistados por seus pesquisadores consideram que suas organizações não estão adequadamente preparadas para lidar com as ameaças cibernéticas.
Além disso, empresas pequenas e médias, que muitas vezes possuem sistemas de cibersegurança deficientes ou inexistentes, são muitas vezes usadas por criminosos como portas de entrada para atacar grupos de maior parte através de suas cadeias de suprimento.
Ransomware, roubo de identidade e outros sinistros
A principal causa de sinistros em apólices de seguros cyber são os ataques de ransomware, com as indústrias manufatureiras destacando-se como as principais fontes de perdas.
Em seguida aparecem as empresas de saúde, o varejo e os serviços empresariais.
As maiores perdas nos sinistros cibernéticos se referem a indenização por lucros cessantes, um fenômeno que, na análise da Munich Re, está em alta em todos os setores da economia.
Já os vazamentos de dados causaram prejuízos de quase US$ 5 bilhões, em grande parte devido ao pagamento de indenizações às vítimas.
Outra modalidade de fraude que está crescendo os chamados Business Email ou Business Communication Compromise (BEC/BCC), em que os malfeitores utilizam sistemas de mensagens em nome das empresas para fraudar ou roubar informações sensíveis dos desavisados.
Isso se faz por exemplo simulando que a pessoa que envia o email, faz uma chamada por telefone ou participa de uma teleconferência exerce uma função de liderança na companhia.
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