Redes sociais ameaçam reputação e preocupam varejistas

Estudo da WTW coloca influencers entre os principais riscos para o setor

Influencers para o bem, influencers para o mal. Na medida em que um maior número de varejistas utilizam as redes sociais para vender seus produtos, aumenta a preocupação com o impacto negativo que os influencers podem ter em seus negócios.

Uma pesquisa internacional feita pela corretora WTW mostra que os danos à reputação e imagem constituem o risco mais temido pelas empresas do setor nos próximos três a cinco anos.

Fonte: WTW

A WTW interpreta que isso se deve, em parte, à crescente utilização de YoutuBers, TikTokers e Instagrammers para promover seus produtos.

Como os influencers com frequência dizem besteiras ou se metem em confusões, a imagem de uma empresa promovida por eles pode sofrer um impacto negativo por associação.

As empresas também temem ser vítimas de campanhas negativas promovidas de influencers que não estão de acordo com suas práticas comerciais, políticas ou sociais, ou por algum outro motivo.

Metade das cerca de 700 empresas entrevistadas pela WTW – 100 das quais estão na America Latina – afirmaram que os riscos à reputação e imagem encabeçam seus mapas de riscos em 2024.

Deste grupo, 45% afirmou que os influencers são a maior ameaça à sua reputação, atrás apenas dos ataques cibernéticos, com 50%.

Outros riscos

O risco cyber em si ficou na terceira colocação do ranking de riscos para o varejo elaborado pela WTW, atrás também dos riscos das cadeias de abastecimento.

Entre os riscos para os trabalhadores das empresas varejistas, as caídas e tropeções lideraram o ranking, seguidos pela utilização de maquinaria e pela higiene.

A enquete também detectou uma certa falta de investimentos das empresas varejistas na gestão de riscos.

Quarenta e seis por cento dos entrevistados disseram que a escassez de ferramentas e conhecimento sobre gestão de riscos impedem que as ameaças listadas sejam mitigadas com maior eficiência.

Fonte: WTW

E aquelas empresas que gostariam de transferir parte das exposições para mercado de seguros enfrentam uma série de obstáculos adicionais.

Para os entrevistados, as franquias demandadas pelas seguradoras estão elevadas e seus históricos de sinistros não ajudam a convencer os subscritores.

Além disso, as seguradoras querem cada vez mais informações sobre sinistros, e o rigor dos requerimentos em termos de engenharia de riscos também são obstáculos.

Um terço dos entrevistados, por sua vez, disse que os seguros estão caros demais.  

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