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AKAD cresce com foco em seguro garantia para empresas de menor porte
Empresa já vê portfólio de coberturas para obras crescendo mais rápido que a judicial
Fernando Gonçalves, diretor de Linhas Financeiras da AKAD Seguros (Foto: Divulgação)
Ao invés de focar nas grandes contas que o mercado costuma priorizar no segmento de seguro garantia, a AKAD está investindo em tecnologia para acessar clientes de menor porte e ganhar mercado na base do volume de contas.
Graças a esta estratégia, a empresa conseguiu forte crescimento de prêmios no ano passado atuando em setores como as obras para o programa Minha Casa, Minha vida, afirma Fernando Gonçalves, diretor de Linhas Financeiras da companhia.
Leia abaixo os principais trechos de entrevista à RSB:
RSB - Os prêmios diretos da AKAD no seguro garantia cresceram mais de nove vezes no ano passado. Como foi obtido esse resultado?
Fernando Gonçalves - O mercado está de garantia no Brasil, é um dos maiores do mundo, mas isso é por conta das garantias judiciais.
Hoje há mais de 30 seguradoras trabalhando nesse ramo, e somos uma delas. O garantia judicial continua crescendo, e o crescimento do ano passado foi algo natural, sem grandes marcos que tenham caracterizado essa produção.
Mas aqui na AKAD, no ano passado, a gente fez uma mudança que já vinha planejando há algum tempo, oferecendo o seguro garantia para as pequenas e médias empresas.
Para isso, investimos bastante em tecnologia para criar uma plataforma de distribuição que nos permite chegar a mais contratantes do seguro.
Pode ser o garantia judicial, mas também pode ser o tradicional. Hoje, a maior parte das seguradoras está muito concentrada em grandes tomadores, que contratam apólices de mais de R$ 1 bilhão.
A gente quer fazer o oposto. Queremos ter muitas garantias, com limites pequenos e muitos tomadores, que podem ser pequenos, médios ou grandes.
São empresas que não necessitam o produto para uma execução fiscal de grande valor. Pode ser como garantia de um pequeno processo trabalhista ou um depósito recursal.
No caso da garantia tradicional, pode servir para uma licitação de fornecimento de algum serviço que o ente licitante necessite naquele momento.
E você nota que os participantes dos processos de licitação estão mais receptivos à utilização do seguro garantia?
Acho que estão conhecendo cada vez mais o produto. Quando o vencedor da licitação é uma grande empresa, isso já é uma realidade muito clara.
No caso das pequenas empresas, ainda precisamos chegar lá. Estamos fazendo um esforço comercial para espalhar o conhecimento das suas vantagens e como ele pode ser utilizado.
Além disso, usamos muita tecnologia para chegar a mais clientes e trabalhar com mais corretores.
Está aumentando a parcela do garantia tradicional no portfólio da AKAD?
No ano passado, o portfólio ainda foi muito concentrado em garantias judiciais.
Na prática, lançamos nossa nova plataforma no segundo semestre, mais para o final do ano, e o resultado é que neste ano a situação já é um pouco oposta.
Temos subscrito muito seguro garantia para projetos habitacionais, por exemplo, dentro do programa Minha Casa, Minha Vida.
No último trimestre do ano passado, a balança já tendeu um pouco mais para as garantias tradicionais do que para as judiciais.
A AKAD está preparada para assumir a retomada de obras, como preveem as novas regras do seguro garantia?
Nós já trabalhamos com a possibilidade de retomada nos ramos em que atuamos, como o habitacional, mas ainda não tivemos um sinistro desse tipo.
Ainda assim, nosso time de sinistros tem um processo específico para tratar desse tipo de situação, e uma equipe totalmente dedicada para essa eventualidade.
Quais são as expectativas para 2024?
Queremos ser um dos principais players do mercado para pequenas garantias.
Para isso, temos que ser reconhecidos como a seguradora que presta o melhor serviço.
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