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Aumento de preços dos seguros na América Latina é 5 vezes maior que a média global

No entanto, apesar de alta de 5% no trimestre, região acompanha tendência global de moderação

Fonte: Marsh

Os preços dos seguros para empresas aumentaram mais na América Latina do que em outras partes do mundo no começo de 2024, de acordo com o mais recente levamento global da corretora Marsh sobre o tema.

Segundo o estudo, no primeiro trimestre, os preços subiram uma média de 5% nos mercados latino-americanos, em comparação com 1% ao redor do globo.

Em algumas jurisdições, como no Reino Unido e na Ásia, a variação de preços foi até mesmo negativa no primeiro trimestre, reforçando a tese de que o mercado duro pode ter mesmo chegado ao fim.

Os dados do primeiro trimestre confirmam a visão de que as tendências do mercado tardam, mas acabam chegando aos compradores de seguros da América Latina.

Moderação de aumentos

Entre o começo de 2021 e o terceiro trimestre de 2022, os preços aumentaram muito mais no mercado internacional do que nos países latino-americanos. Em alguns trimestres, a variação na região foi menos da metade do que no mercado global.

Desde o final de 2022, porém, a situação se reverteu, e agora o mercado regional está mais duro que o local.

Fonte: Marsh

Ainda assim, a tendência ao abrandamento também é evidente na região.

O ramo em que os preços mais subiram no primeiro trimestre na América Latina foi os dos seguros de responsabilidades, com um aumento de 8%. Não foi pouco, mas foi bem menos que os 15% de alta registrados seis meses atrás.

A Marsh observa que um aumento das fontes de capacidade para linhas de responsabilidade está ajudando a moderar os aumentos de preços nesse segmento.

Já nas linhas de danos, a moderação é mais evidente, com os aumentos médios passando de 8% a 4% no espaço de um ano.

E, como no resto do mundo, o mercado brando já parece ter chegado às linhas financeiras, em que os preços caíram 4% no trimestre.

Entre os seguros cibernéticos, a queda foi de 3%, ainda que a Marsh ressalte que as seguradoras não baixaram a guarda em seu rigor na subscrição de riscos.

Fonte: Marsh

Se o que acontece lá foram é um aperitivo do que vai ocorrer no Brasil, os compradores de seguros podem se preparar para ter mais poder de negociação nas próximas renovações.

Linhas financeiras em queda

O índice global da Marsh caiu pelo 13º trimestre consecutivo, e em alguns segmentos já se notam reduções significativas nas tarifas cobradas pelos subscritores.

É o caso das linhas financeiras, em que o índice global despencou 7% no trimestre, consolidando uma tendência que já dura sete trimestres.

Os preços dos seguros cibernéticos também estão em baixa, fechando o trimestre 6% mais baratos, em média.

Fonte: Marsh

Nas linhas de danos, a Marsh afirma que as maiores pressões por altas se encontram nos EUA, enquanto Ásia, África, o Oriente Médio e a Índia puxam o índice para baixo. A alta global foi de 3% no período.

Também em responsabilidades, em que o aumento também foi de 3%, o principal fator de preocupação é o mercado americano, onde ainda são comuns os chamados “vereditos nucleares” emitidos pelos tribunais.

De modo geral, porém, se pode dizer que o primeiro trimestre do ano refletiu a tendência observada nas renovações dos grandes contratos de resseguro de janeiro, que foram muito menos traumáticas do que no começo de 2023.

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