Saiba por que a Mapfre está reforçando sua governança de IA

Ainda nesta edição: Newe visa garantia e cyber para PMEs, e furacões ameaçam mercado de resseguro

A inteligência artificial está por todos os lados, e você já sabe o que isso significa: vem regulamentação por aí.

O pontapé inicial foi dado pela União Europeia, que em maio aprovou o EU AI Act, a mais avançada série de normas sobre o uso de sistemas baseados na IA. Ela se aplica a todo tipo de empresas e cita nominalmente o setor de seguros como um dos focos de atenção.

A RSB conversou com Elena Mora, diretora de Privacidade e Proteção de Dados do grupo Mapfre, para saber o que a gigante espanhola do setor está fazendo para adaptar-se às novas regras. É bastante trabalho, e ela avisa: a tendência é que a regulamentação brasileira acabe refletindo em grande parte a lei europeia.

As empresas com negócios na UE que não se adaptarem podem receber multas de até R$ 200,5 milhões. E este não é o único risco ligado à IA. Também falamos nesta semana sobre um relatório da Swiss Re que lista os setores mais expostos aos riscos ligados à tecnologia, e os gerentes de risco dos setores da saúde, mobilidade e energia são os que mais precisam se preocupar com o tema.

Nesta edição também conversarmos com Átila Santos, da Newe Seguros, que conta como a empresa está diversificando seu negócio rumo aos segmentos cyber e garantia para pequenas empresas, e comentamos a ameaça que a temporada de furacões no Atlântico Norte representa para o mercado de resseguros - justo agora que ele parece estar finalmente abrandando.

Boa leitura!

Nesta edição

Mapfre se prepara para regras europeias de IA que devem ter reflexo no Brasil

O Parlamento Europeu aprovou em maio a mais completa regulamentação do uso de inteligência artificial pelas companhias, em um conjunto de regras que vai impactar empresas de todos os setores, incluindo o de seguros.

A princípio, a Lei da UE sobre IA (mais conhecido como AI Act, pela sigla em inglês) vai afetar empresas que atuam na União Europeia ou têm clientes baseados nos 27 países da região.

Mas Elena Mora, diretora de Privacidade e Proteção de Dados do grupo Mapfre, que conversou com a RSB em Madri, avisa que as normas já servem como um modelo do que espera as seguradoras e seus clientes também em outras partes do mundo. O que inclui o Brasil, um dos mais importantes mercados da seguradora espanhola.

Nós vamos ver um boom de regras sobre a inteligência artificial, e o Brasil, em particular, acompanha muito de perto a regulamentação europeia. Foi o que se viu no caso da regulamentação da proteção dados, em que LDGP brasileira se baseou muito no GDPR europeu.

Elena Mora

Por isso a Mapfre já está trabalhando no cumprimento do AI Act não só nas atividades da matriz espanhola e suas filiais europeias, mas também em suas subsidiárias internacionais, como a brasileira.

O que significa que a empresa terá muito trabalho pela frente. O descumprimento às novas normas pode render pesadas penas financeiras às empresas, chegando a 7% do faturamento anual ou €35 milhões (R$ 200,5 milhões).

Níveis de risco

A principal inovação da AI Act é definir quatro níveis de riscos dentro dos quais as empresas precisarão classificar os sistemas de inteligência artificial que utilizam em suas operações.

O nível mais baixo de risco não exigirá qualquer tipo de ação, enquanto o segundo nível, de riscos considerados baixos, estarão sujeitos a leves requerimentos de transparência.

A coisa começa a se complicar quando o risco é visto como elevado, caso em que as empresas terão que rastrear e monitorar sua utilização, além de manter os reguladores informados sobre seu uso.

O último nível é o de risco inaceitável, que incluem usos como a manipulação cognitivo-comportamental de pessoas ou grupos vulneráveis, a classificação de pessoas com base no seu comportamento ou caraterísticas pessoais e os sistemas de identificação biométrica em tempo real e à distância, como o reconhecimento facial.

As empresas que estiverem usando tais tecnologias terão seis meses, após a publicação das novas regras, para eliminá-los de seus sistemas.

Dois anos

A implementação do AI Act tem diferentes prazos, mas para a Mapfre o horizonte mais importante é o de dois anos, quando as organizações necessitam estar em total conformidade com as regras.

Mora afirma que a Mapfre não esperou até a aprovação das novas regras para começar a atuar. Foram vários meses de debates no Parlamento Europeu que já indicavam os rumos que a legislação seguiria e que permitiram às empresas mais proativas a iniciar sua preparação.

Ela explica que o AI Act tem importantes áreas de contato com as legislações de proteção de dados e privacidade, e o fato de que a empresa já havia implementado uma robusta estrutura na área tem sido bastante útil.

Temos nosso próprio modelo de governança da privacidade e da proteção de dados, e buscamos nos antecipar e nos adequar o mais cedo possível às várias regulamentações. Nosso principal objetivo é assegurar que o impacto seja mínimo.

Elena Mora

Uma das prioridades da Mapfre, portanto, é aproveitar o trabalho já feito que se encontra nas áreas de convergência entre os sistemas de conformidade já existentes e a nova governança de inteligência artificial.

Sinergia

“Desde o princípio nós criamos um grupo de trabalho multidisciplinar para aproveitar ao máximo as sinergias entre os vários departamentos. Decidimos não focar apenas nas funções que tratam de dados pessoais, mas em qualquer tema que possa estar incluído nas normas europeias sobre inteligência artificial”, afirmou.

O que abrange não só as áreas de TI, mas também a subscrição de riscos, a gestão de sinistros, o recrutamento de novos talentos e a análise de dados de clientes e provedores, entre muitas outras.

Mesmo os sistemas que acabem sendo considerados de baixo risco exigirão trabalho, pois os supervisores podem querer comprovar a autoavaliação feita pela empresa.

Documentação terá que ser preparada, catalogada e atualizada, e é importante que a determinação do nível de risco de cada sistema usado pela empresa seja convincente para os supervisores. (Ainda não se definiu quem será responsável por decidir se empresas estão ou não em conformidade.)

Somos um setor que realiza muito tratamento de dados, onde há um forte componente técnico e de gestão de risco, e por esse motivo as políticas de subscrição podem ser impactadas. Será necessário revisá-las e talvez adequá-las às novas normas, ou adaptá-las para que fique claro que estão em conformidade.

Elena Mora

Os mais afetados

O setor de seguros é uma das indústrias citadas nominalmente no AI Act como alvos de especial atenção na implementação das novas regras.

Mora conta que, durante um momento, havia propostas de colocar todo o setor debaixo da lupa. Ao final, porém, após muita negociação, ficou decidido que os segmentos que mais preocupam são os de seguros de vida e de saúde.

Isso porque o principal objetivo do AI Act é proteger a privacidade dos consumidores, e as seguradoras de vida e saúde lidam com quantidades ingentes de dados pessoais.

Mas de modo algum o foco nessas duas linhas significa que quem não tem uma forte atuação nelas pode levar a conformidade com o AI Act na maciota.

Será necessário revisitar todas as operações. No final, quando uma empresa adota um novo sistema que utiliza a inteligência artificial, é necessário assegurar que está de acordo com as normas. Não importa se é para a subscrição de riscos, a formação de empregados ou o recrutamento.

Elena Mora

Como a presença da inteligência artificial nas atividades diárias das seguradoras só tende a aumentar, as empresas precisam estar preparadas para estar frequentemente realizando os trabalhos de avaliação, catalogação, rastreamento e reporting dos riscos ligados aos novos sistemas usados por cada departamento da empresa.

São custos e trabalho extras para um setor que já está para lá de regulado, mas Mora diz que, no final das contas, a conformidade com as regras também demonstra o compromisso de uma empresa com seus stakeholders.

A verdade é que muita gente está preocupada com o possível impacto da inteligência artificial sobre a economia e a sociedade. Até líderes de grandes empresas tecnológica que estão faturando montanhas de dinheiro com a IA andam alertando que é preciso ter cuidado com seu uso.

Ademais do compliance, queremos fazer, em todos os momentos, um uso responsável e seguro dos sistemas de inteligência artificial.

Elena Mora

Saúde, mobilidade e energia lideram ranking de riscos ligados à IA

As empresas tecnológicas são as mais expostas aos riscos da inteligência artificial atualmente. Na próxima década, porém, serão as companhias dos setores farmacêutico e de saúde que terão mais motivos para colocar as barbas de molho.

Um ranking elaborado pela resseguradora Swiss Re também mostra que os setores da mobilidade urbana, energia e média estão entre os mais expostos aos riscos ligados à IA no médio prazo.

Os setores mais expostos aos riscos da IA

Atualmente

  1. Serviços de TI

  2. Energia e outras utilities

  3. Saúde e farmacêutico

  4. Outros serviços

  5. Mobilidade e transportes

  6. Finanças e seguros

  7. Governo e educação

  8. Manufatura

  9. Mídia e comunicação

  10. Agricultura, comida e bebida

Dentro de 8 a 10 anos

  1. Saúde e farmacêutico

  2. Mobilidade e transportes

  3. Energia e outras utilities

  4. Serviços de TI

  5. Mídia e comunicação

  6. Governo e educação

  7. Finanças e seguros

  8. Manufatura

  9. Agricultura, comida e bebida

  10. Outros serviços

Os riscos analisados são aqueles que podem em algum momento ser objeto de coberturas de seguros.

Por exemplo, os riscos de responsabilidade criados por sistemas de IA que mostram viés processamento de dados pessoais; riscos cibernéticos agravados pelo uso da nova tecnologia; uma performance abaixo do esperado dos sistemas de IA; e desrespeito à propriedade intelectual, entre outros.

A resseguradora observa que já há algumas coberturas no mercado para riscos ligados à performance de sistemas de IA, uma linha que deve se expandir bastante no futuro.

E alerta que o mercado vai ter que olhar de perto o impacto das exposições criadas pela IA aos segmentos de danos à propriedade, responsabilidades, propriedade intelectual e responsabilidade profissional.

O viés da saúde

O estudo da Swiss Re afirma que é lógico que as empresas tecnológicas tenham uma maior exposição imediata aos riscos da IA, já que são elas que estão desenvolvendo uma tecnologia que cresce a passos de gigante.

Com o passar do tempo, porém, o que vai influenciar o panorama de riscos ligado à IA é a sua integração ao trabalho diário das empresas.

É aí que os setores de saúde e farmacêuticos se destacam. Para a Swiss Re, eles estarão expostos tanto à maior frequência como à maior severidade das perdas causadas pela inteligência artificial entre todos os setores analisados.

São empresas que já utilizam as ferramentas de IA há vários anos para funções como o desenvolvimento de novos tratamentos, a triagem de pacientes e até o diagnóstico de enfermidades.

Mas a Swiss Re observa que os sistemas precisam ser treinados utilizando os dados da indústria, que são notórios por conter um acentuado viés racial e de gênero.

Se a qualidade dos dados é falha, o resultado no futuro podem ser diagnósticos equivocados, seleção negativa e outros problemas com potencial para acabar nos tribunais.

Energia e mobilidade

Os dois outros setores mais expostos verão os riscos empilharem no seu lado operacional.

No caso da mobilidade urbana e os transportes, a exposição vem pelo lado da crescente autonomia dos veículos, que em grande parte se baseia no uso da inteligência artificial.

De certa maneira, segundo a Swiss Re, as seguradoras vão ter que tomar riscos similares aos que já tomam atualmente com as coberturas de automóveis, uma vez que a fiabilidade dos motoristas humanos está longe de ser perfeita, e estudos mostram que os acidentes podem até cair com a disseminação dos veículos autônomos.

Mas alguns novos fronts se abrem também, como o de ataques cyber em massa afetando grandes quantidades de veículos de uma só vez e novos tipos de responsabilização por acidentes que vão além das empresas automobilísticas para incluir também provedores de software e de sistemas de IA.

Já as empresas de energia, entre outras utilities, enfrentam atualmente a possiblidade de sofrer grandes perdas pela interrupção de seus serviços devido a falhas de sistemas de inteligência artificial.

No médio prazo, as exposições serão impulsionadas pela transformação das redes de transmissão que será exigida pela transição energética, afirma a Swiss Re.

Newe busca diversificação com garantia e cyber para pequenos clientes

Átila Santos, diretor geral de Seguros da Newe (Foto: Divulgação)

A Newe está apostando no seguro garantia para voltar a crescer, com um foco nos clientes de menor porte do que os clientes mais tradicionais do setor.

A empesa também está adotando uma estratégia similar para os seguros cibernéticos, um novo ramo que ainda pode gerar muito volume de prêmios no Brasil.

O desafio, como para suas rivais no setor de seguros para empresas, é convencer muitas companhias que estão fora do mercado a investir mais em proteção de seguros.

Em 2023, os prêmios de seguro garantia da Newe cresceram quase 19%, e no primeiro trimestre deste ano o aumento já chega a 10%.

O contraste com o desempenho global da empresa foi marcante, já que os prêmios baixaram 58%, em termos reais, no ano, segundo dados da Susep. A baixa foi influenciada pelo seguro rural, principal ramo de negócios da companhia, que apresentou queda 66,5% dos prêmios no ano passado.

Estamos investindo na diversificação da nossa carteira em função da volatilidade do agro.

Átila Santos, diretor geral de Seguros da Newe

O seguro garantia aparece como uma opção graças à expectativa de que investimentos em infraestrutura vão se materializar nos próximos meses e que a demanda por coberturas de garantia judicial continuará forte.

“Dentro desse cenário, a Newe tem como tendência operar com os tomadores pequeno e médio porte”, afirma o executivo.

Pulverização

Santos define a proposta da empresa como uma busca da pulverização do mercado de seguro garantia através da venda de coberturas para empresas com faturamento a partir de R$ 5 milhões.

“São empresas que não um grande volume de ações judiciais, mas que vão consumir uma média de R$ 300 mil ou R$ 400 mil ao ano de limites de seguro garantia,” afirma ele. “Pode ser para uma ação judicial trabalhista de pequeno porte, ou um performance bond não muito alto.”

O executivo crê ainda que muitas oportunidades para uma empresa como a Newe serão criadas pelas subcontratações em série geradas a partir das grandes obras de infraestrutura.

Nesse contexto, Santos vê com otimismo o lançamento, no começo de abril, do primeiro edital de licitação com as novas regras para o seguro garantia implementadas pela Lei de Licitações.

O edital para a pavimentação de 50 km da rodovia MT-430 prevê novidades como a inclusão de uma cláusula de step in, ou seja, que permite à seguradora completar a obra, caso a empresa que venceu a concorrência, e comprou a cobertura de seguro garantia, não for capaz de fazê-lo.

“O governo do Mato Grosso buscou enquadrar a realidade do Estado para uma obra com a cláusula de retomada,” diz Santos.

Experiência

A adaptação foi feita por meio da aprovação pelo Legislativo Estadual de uma lei que permite a ação do step in para obras cujo valor passa de R$ 50 milhões, o que é quatro vezes inferior ao que é definido pela Lei das Licitações.

Para Santos, trata-se de uma experiência que está ajudando a limar as incertezas que ainda persistem sobre as novas regras do seguro garantia para obras.

“O mercado está tentando limitar as responsabilidades assumidas pelas seguradoras, porque os governos querem que elas assumam integralmente o risco, inclusive o de fiscalização”, afirma ele.

“Se for esse o caso, o segurado pode abandonar a responsabilidade de fazer a gestão da obra, de acompanhar e de fazer as medições. Estamos tentando encontrar um meio caminho.”

Ele observa porém que a Newe também está aberta a fornecer capacidade para contratos de seguro garantia de maior porte liderados por outros players do mercado.

Seguro cyber

Os clientes de menor porte também são o alvo da estratégia da Newe para os seguros cibernéticos, um ramo que ainda está dando seus primeiros passos no mercado brasileiro.

Para atingir esse público, a empresa está buscando parcerias para oferecer a cobertura em conjunto com outros serviços e produtos que as pequenas e médias empresas necessitam para melhorar sua segurança digital.

“Se o cliente vai contratar, por exemplo, uma plataforma para receber os dados do cliente, o provedor pode oferecer também um antivírus e uma apólice de risco cibernético”, afirma ele.

“Dessa maneira, se sistema falhar, porque isso pode acontecer, eventualmente empresa estará protegida pelo seguro e isso vai permitir ela mantenha sua atividade graças a uma cobertura como a de lucros cessantes.”

A ideia é entender as reais necessidades das pequenas empresas e adaptar um produto que foi historicamente desenvolvido com clientes muito maiores em mente.

Há uma tendência muito grande entre algumas seguradoras de que o seguro não precisa ser a peça principal numa relação contratual, ele pode ser um acessório.

Átila Santos

Resseguro vive moderação, mas temporada de furacões ameaça

A moderação do mercado de resseguros continuou no primeiro semestre do ano, mas o setor pode ser colocado à prova no que promete ser uma tórrida temporada de tempestades e furacões na América do Norte, América Central e Caribe.

Segundo a corretora Howden Re, os preços das coberturas de resseguro de danos à propriedade com exposição catastrófica caíram 5% nas renovações de junho, uma vez ajustados os valores ao risco coberto.

A moderação de preços é acompanhada por um aumento do volume de capital disponível para o mercado resseguros, que, de acordo com a corretora, voltou aos patamares de 2021, ou seja, antes do profundo aperto ocorrido nos últimos dois anos.

Para completar, o mercado de instrumentos ILS, que transferem riscos catastróficos aos mercados de capitais, anda especialmente aquecido, com US$ 3 bilhões em emissões títulos vinculados ao mercado catastrófico da Flórida no primeiro semestre.

Mas a situação pode mudar a qualquer momento, alertou a corretora.

O mercado de resseguros se encontra em um momento crítico. Enquanto a recuperação dos níveis de capital e o aumento da capacidade disponível sinalizam um potencial abrandamento das tarifas, um temporada de furacões que se prevê ativa e outras pressões do mercado podem fazer um contraponto a essas tendências.

David Flandro, diretor da Howden Re

La Niña e mar mais quente

O tom de precaução se deve a previsões como a de um relatório publicado há poucos dias pela MS Amlin, uma seguradora que faz parte do Lloyd’s londrino.

A MS Amlin prevê que a temporada de furacões no Oceano Atlântico, especialmente na região do Golfo do México, pode ser uma das mais fortes de que se têm notícia.

Analisando as previsões feitas por 20 serviços de meteorologia, a seguradora estima que haverá nada menos que 23 tempestades de alta intensidade, 11 furacões e cinco furacões de grande dimensões no período entre junho e novembro deste ano.

O índice ACE, que calcula a atividade dos furacões durante os períodos mais ativos, pode chegar a 204, comparado com uma média histórica de 123.

A culpa, segundo a MS Amlin, em parte pode ser atribuída ao fenômeno La Niña no Oceano Pacífico e a uma temperatura anormalmente elevada da superfície do mar no Atlântico Norte e no Golfo do México.

Más lembranças

A empresa nota que são condições que lembram as temporadas de furacões de 1998, 2005 e 2010, que incluíram os furacões Georges, Mitch e Katrina.

São nomes que ainda hoje causam arrepios aos subscritores de resseguradoras globais. E mais preocupante, talvez, seja o fato de que não há sinais de que, se confirmada, a forte temporada de furacões seja uma exceção à regra nos próximos anos.

Espera-se um aumento da frequência das tempestades de maior força, com categoria 4 para cima.

Ed Pope, geocientista da MS Amlin

Ele completou: “Isso deve levar a uma maior acumulação de perdas para os resseguradores, e a que as comunidades redobrem seus esforços para implementar medidas de adaptação aos riscos climáticos.”

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